segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

FAROESTE SEM PRECONCEITO

Por Marcos J.

Faroeste é um tema que sempre nos traz uma série de estereótipos. Se juntar isso a quadrinhos em Preto & Branco acaba fazendo leitores por vezes a  virarem a cara para algo. Bom, os livros também são P&B não é mesmo? Uma comparação meio sem sentido, ou não…  Enfim, o que importa é o quanto o enredo pode prender sua atenção.
Às vezes esse preconceito nos priva de conteúdos fantásticos. Como exemplo, cito a forma que ouvi falar de Harry Potter. Estava na biblioteca procurando algo legal e vi um homem pegar Harry Potter. Achei muito estranho, pra mim ele era muito adulto para aquilo. Depois de um tempo eu estava “devorando” todos os livros, como se fossem sorvetes. Mesmo preconceito que ocorreu quando tentei assistir Senhor dos Anéis. Depois de tanta insistência, acabei por ver e hoje considero uma das melhores (senão a melhor) sequência de filmes.
Se você leitor não se enquadra nos fãs desses citados, não há problema, são exemplos. Com certeza você tem suas preferências, o que te cativa mais.

Dito isso vou falar de maneira bem leve de quadrinhos de faroeste, mais especificamente de TEX.  Original da Itália, criado pela dupla Giovani Luigi Bonelli e Aurélio Gallepini, publicado desde 1948. Tex Willer é um cowboy que casou-se com a índia Lilith(Lírio Branco) com quem teve o filho Kit Willer. Sua esposa morreu, assim como o pai dela, então ele se tornou chefe da aldeia dos Navajos, representando a reserva além de ser ranger. Quando era mais jovem fez um amigo inseparável, Kit Carson e mais pra frente tornaram-se quatro parceiros inseparáveis, contando com o navajo Jack Tigre.

As histórias se entrelaçam com fatos históricos, como por exemplo os mandatos e assassinato de Abraham Lincoln, assim como a Guerra de Secessão, onde os nortistas lutavam pelo fim da escravidão contra os sulistas,  também conhecidos como confederados; há histórias sobre a Ku Klux Klan;  aprende-se muito sobre as diversas tribos indígenas americanas como os Apaches, Navajos, Cheyennes, Comanches, dentre muitas outras. Tudo isso ocorre como um filme de ação, cheio de adrenalina. Também existem as histórias meio românticas, humor, histórias no frio do Canadá, os famosos duelos, tesouros, povos e em alguns casos magia.
Foi feito apenas um filme para Tex, que não foi bem aceito pelos próprios criadores. Particularmente não vejo graça na maioria dos filmes de faroeste. Não me considero fã de faroeste. Mas Tex é um caso à parte. É comum aprender a reconhecer os traços dos diversos desenhistas, alguns já falecidos, assim como a forma de narrar a história.
Não se deixe levar pelo preconceito, são 65 anos ininterruptos de publicação. Não é à toa que ainda é publicado. Como toda longa série de quadrinhos, tem aventuras excelentes e algumas razoáveis. Para não ter erro, se quiser experimentar esse mundo fantástico que aprecio e coleciono há aproximadamente 15 anos, aconselho a optar pelas edições Tex Gigante, Tex Anual ou Almanaque Tex, por essa ordem.

Tex atualmente é publicado no Brasil pela Mythos Editora com diversas séries. Também é encontrado em bibliotecas. Para saber mais, entre no Portal TexBr, onde tem um acervo enorme de informações além de um fórum. Ou me procurem que falo mais.

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