segunda-feira, 1 de junho de 2015

Marina: uma história inesquecível


Semana passada terminei de ler Marina, de Carlos Ruiz Zafón. Fiz isso da forma mais digna que pude, e isso envolveu lágrimas e um silêncio devastador.

Não posso dizer que chorei (ok, talvez eu deva), mas enquanto lia as últimas páginas desse romance, sem que eu percebesse, essas lágrimas foram silenciosamente escorrendo pelo meu rosto.

Talvez seja um erro começar falar de um livro pelo final, sendo que ele desde suas primeiras páginas me imergiu em um cenário gótico, cheio de histórias esquecidas pelo mundo, onde a chuva e os corações aflitos disputam espaço em uma rotina lamentável.

A história me levou até Óscar, um adoslescente de 15 anos que caminhando pelos becos e ruas esquecidas de Barcelona encontra uma casa. E depois Marina.

O livro divide momentos de amizade entre seus personagens com mistérios, assassinatos e perigos sombrios. Quase sem querer, Óscar e Marina são envolvidos em segredos e histórias há muito esquecidas.

E que nunca deveriam ser relembradas.


Ler Marina me fez lembrar de A sombra do vento, do mesmo autor. Talvez pela natureza pitoresca e trágica. Ou quem sabe por se tratar do mesmo autor, apenas.

Se (apenas se) eu puder apontar algum ponto negativo que encontrei em Marina, seria a narrativa em primeira pessoa muito semelhante com a de A sombra do vento. No entanto, como essa narrativa é muito boa e a pernalidade dos narradores são diferentes, me sintintiria um tanto "cricri" em considerar isso um defeito, de fato.
Em Marina, o real e o sobrenatural ocupam o mesmo lugar; eles me confundiram e enganaram sem rodeios.
A gente só se lembra do que nunca aconteceu.
Eu não vou dizer o quê, mas quando um cheiro de putrefação se aproxima, significa que algo está muito errado! Fiquei pensando qual seria minha reação depois da leitura, ao sentir fedor enquanto caminho pela rua. Não sei o que faria, mas o certo seria correr, sem dúvidas.

Mais do que uma história triste, Marina é uma aventura cheia de mistérios e romance, capaz de facinar qualquer leitor.

Até mais!

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